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ESCOLA

Escola Secundária António Nobre, Notas e Reflexões

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PATRONO

António Nobre: o patrono da Escola

 

Embora a Escola já tenha quase 50 anos e evoque este nome maior das Letras Portuguesas em diversos locais, nomeadamente na entrada (letras com o nome em metal, placa com verso em metal, busto em meta), mas também na biblioteca, (medalhas evocativas e edições do autor), não foi possível encontrar informação sobre o patrono no site da Escola António Nobre que, de um modo geral, necessita de reorganização e actualização de documentos, imagens e também de design.

 

Assim, dos vários locais onde se podem encontrar informações sobre o autor, registamos os que se encontram nos sites do RTP Ensina (que inclui vídeo) e do Instituto Camões.

 

Para além disso, como o autor faleceu há mais de 70 anos, de acordo com a legislação portuguesa (e europeia), os direitos de autor são de uso livre, pelo que qualquer pessoa ou entidade pode editar ou disponibilizar a sua obra. Das obras disponíveis gratuitamente, mostra-se particularmente interessante a digitalização da primeira edição, de 1892, em Paris, França, disponibilizada pela Biblioteca Nacional de Portugal (http://purl.pt/125/6/l-61159-v_PDF/l-61159-v_PDF_24-C-R0072/l-61159-v_0000_capa-guardas2_t24-C-R0072.pdf).

 

As obras editadas do autor catalogadas na Biblioteca Nacional de Portugal são mais de 100 (http://catalogo.bnportugal.gov.pt/ipac20/ipac.jsp?session=16074U1G56M45.31128&profile=bn&uri=link=3100018~!21173~!3100024~!3100022&aspect=basic_search&menu=search&ri=2&source=~!bnp&term=Nobre%2C+Ant%C3%B3nio%2C+1867-1900&index=AUTHOR).

António Nobre, o poeta "Só" [inclui vídeo de 04:37]

 

Poeta português do século XIX, foi no exílio em Paris que escreveu grande parte da sua obra principal, a única publicada em vida. "Só" é o retrato de António Nobre, um homem assombrado pela morte.

Passa a infância entre Trás-os-Montes e a Póvoa do Varzim e nunca mais volta ser tão feliz como nessas paisagens provincianas que recordará durante toda a vida.

António Nobre (1867-1900) foi um homem singular; combinava elegância com extravagância, o seu aspeto era único e os que o viam chamavam-lhe “a criatura nova”, talvez um sinal do modernismo que já espreitava Portugal nesse final de século.

Em Coimbra participa em revistas como “Boémia Nova”, esta fundada pelo amigo Alberto Oliveira. Porém, com dois chumbos consecutivos no curso de Direito, depressa troca a cidade dos doutores pelo exílio em Paris. Na capital francesa faz Ciências Políticas na Sorbonne e aprende mais sobre a dor humana. Sozinho e sem dinheiro, sente-se desterrado.

Por esta altura nasce o autor do “livro mais triste que há em Portugal”, como o próprio confessa.”Só” é feito de poemas amargos, de uma tristeza que espelha o homem doente que o poeta já desconfiava ser, um homem sem esperança, amargurado, afogado no tédio.

Nos últimos anos de vida faz várias viagens para recuperar a saúde. Por fim regressa à sua “pátria dos Lusíadas” para morrer na cidade onde nascera, no Porto.

Mais tarde, outros livros seus são publicados: “Despedidas” e “Primeiros Versos”, uma poesia marcada pelo Simbolismo francês.

Fonte: https://ensina.rtp.pt/artigo/antonio-nobre-1867-1900/ [autoria de Nuno Forte, produção de Videofono, 1991]

António Nobre, por Paula Morão

A obra de António Nobre (1867-1900) está muito marcada pelas paisagens que conheceu, quer se trate do Douro interior e do litoral a norte do Porto, que conheceu na infância e na juventude, quer de Coimbra, onde começou estudos de Direito que prosseguiria a partir de 1890 na Sorbonne, em Paris. Diplomado em 1893, concorreu para um posto consular; não chegou a ocupá-lo por se encontrar já em luta com a tuberculose, que o levou à dolorosa peregrinação dos últimos anos de vida, entre sanatórios na Suíça, a Madeira, os arredores de Lisboa, a casa da família no Seixo e a do irmão Augusto na Foz (Porto), onde viria a falecer com trinta anos apenas.

 

Estas circunstâncias não nos importam pelo seu teor biográfico, que tem aliás conduzido a leituras erróneas (nomeadamente, ler o Só à luz da doença, a qual só se viria a manifestar depois de publicada a 1ª edição do livro); estes factos interessam-nos, sim, por abrirem pistas para a atenção que a sua poesia concede ao real, descrito com minúcia e afeto, mesmo se à distância da memória e do sentimento de exílio, em todos os seus livros: Só (1892 e 1898), os póstumos Primeiros versos – 1882-1889 e Despedidas (além de abundante epistolário). O escasso número de volumes da obra não exclui que ela constitua um marco de referência da Literatura Portuguesa (à semelhança de outros autores de obra quase única, como são Cesário Verde e Camilo Pessanha).

 

Trata-se, de facto, em especial no caso de Só, de uma obra emblemática em si mesma e do fim-de-século português, combinando a herança romântica com a estética do Decadentismo e do Simbolismo, que o poeta bem conhecia (como aliás a geração coimbrã a que pertence): a sobreposição desses modelos, o seu universo pessoal e o seu talento de poeta fazem nascer uma voz original, tecendo o sábio trabalho sobre os tipos de verso e de estrofe mais diversos, sobre o ritmo e formas poéticas clássicas como o soneto ou outras, com destaque para o poema longo e de construção dialógica (por exemplo, em “António” ou “Os figos pretos”). Do ponto de vista técnico, trata-se de uma poesia que parece muito próxima da oralidade, mas tal é desmontado quer por referências temáticas de requintada estesia, quer pelo uso de versos como o alexandrino e o decassílabo, a par de outras medidas, combinando com mestria ritmos sofisticados, ao modo simbolista, mas sem criar a opacidade que se pode ler em poetas seus contemporâneos (v.g. Eugénio de Castro), antes mantendo uma cadência cantabile, que qualquer leitor consegue acompanhar - o que não será alheio ao sucesso atestado pelas múltiplas reedições.

 

Estes processos enquadram a construção de um sujeito dramatizado (especialmente visível no jogo de vozes em certos poemas) que se apresenta como narcísico e dândi, mas que, sob a máscara da ironia, esconde o pessimismo e o dolorismo de uma descrença individual que retrata a sua época. No centro desse mundo está um eu forte, escorado na memória das paisagens e das gentes que foram cenário dos tempos felizes, muito vívidos mas sem possibilidade de retorno; os poemas tentam combater essa deceção procedendo ao inventário dos bens passados (lugares, figuras, nomes, circunstâncias), tentando, pela presentificação e pela hipotipose, ancoradas numa memória fotográfica, combater a desaparição de tudo isso no abismo da lembrança. Assim, o sujeito lírico sobrepõe a voz presente com os ecos do passado - o seu, pessoal ou mesmo familiar, e o dos tempos ancestrais, que o fundam como indivíduo e como Lusíada, epítome dos feitos heroicos da História nacional.

O eu cinde-se entre o adulto, António, e Anto, sua face ora infantil, ora dândi, representando-se como herói e protagonista mas também como outro, distante de si, numa antecipação do eu fragmentado que os poetas modernistas viriam a trabalhar mais fundamente. O sujeito assume a carga simbólica de ser um avatar do povo português, o que virá a prolongar-se no protagonista do poema inacabado “O Desejado“ (in Despedidas): Anrique, nome arcaizante, corporiza uma variação sobre o mito sebástico, pondo o mito em ruínas ao espelho do Portugal do fim de oitocentos. Herói derrotado, António é, no Só, o Princípe fadado para ser “poeta e desgraçado”, narciso marcado pela memória decetiva de tudo o que foi e não volta mais, só face a si mesmo e à sua excecional condição de visionário. Uma leitura cuidada do Só mostra bem que a pretensa ingenuidade visível a uma primeira leitura é um logro: além do que no plano técnico atrás se assinalou, para isso contribui muito o labor poético visível no confronto entre as duas edições feitas em vida de António Nobre, em 1892 e em 1898, não deixando dúvidas a muito detalhada elaboração que sustenta esta poética e o seu universo de motivos, de símbolos e de mitos. De estrutura muito mais complexa que a da editio princeps, a 2.ª edição (1898), edifica perfeitamente o perfil mítico da personagem António / Anto na leitura sequencial dos poemas: o prólogo “Memória” narra o nascimento mítico-simbólico do eu, seguindo-se-lhe três secções que desenvolvem a sua história em torno da paisagem rural, paraíso da inocência, e da Lua, astro especular da melancolia do sujeito; depois vêm as elegias e os sonetos, desenvolvendo ramificações dos poemas precedentes; enfim, o livro fecha com o longo poema, em duas secções, intitulado “Males de Anto”, fazendo a primeira delas a recoleção dos elementos essenciais do universo do eu (no passado feliz e no agora da agonia), sendo a segunda um diálogo paradramático (em pastiche do Hamlet, de Shakespeare) que conduz, em clave de aparência risonha, ao seio maternal e anterianamente divino da Morte.

Muito ousada para a época, a sua obra foi lida por alguns como nacionalista e tradicionalista, mas essas leituras estão hoje bastante relativizadas, valorizando a crítica mais recente aspetos como aqueles que acima se repertoriam. Não se trata de uma obra solipsista e ensimesmada, antes de representar um universo interior e um Portugal que epitomizam o sujeito finissecular e que expressam uma crise de valores que em breve, historicamente, há de trazer mudanças de vulto. E é sobretudo, como já se esboçou atrás, uma das pedras de toque na gestação do sujeito moderno: a memória não permite recuperar o que se perdeu, os heróis parecem condenados à derrota, e Narciso tornou-se uma figura decetiva; em lugar dessa felicidade perdida, o poeta visionário ergue a forma possível de resistência à ruína – a edificação da Obra, assegurando a permanência do seu nome e a do país que com tanta subtileza soube retratar.

Bibliografia - Obras de António Nobre:

 

. Só, 1.ª ed. - Paris, Léon Vanier Editeur, 1892; 2.ª ed., revista e aumentada: Lisboa, Guillard, Aillaud e C.ª, 1898.

Outras edições: Só, reprodução tipográfica da 2.ª edição (1898), prefácio e edição de Paula Morão, Porto, Caixotim, 2000.; Só, prefácio de Agustina Bessa Luís, Porto, Livraria Civilização, 1983 (reimp.1999).

. Despedidas (1895 - 1899), 1.ª ed: Porto, 1902; Porto, Lello e Irmãos - Biblioteca de Iniciação Literária, 1985.

. Primeiros versos (1882 - 1889), 1.ª ed. 1921; Porto, Lello e Irmão - Biblioteca de Iniciação Literária, 1984.

. Correspondência, 2.ª ed. ampliada e revista, organização, introdução e notas de Guilherme de Castilho, Lisboa, Imprensa Nacional /Casa da Moeda, 1982.

. Alicerces, seguido de Livro de Apontamentos, leitura, prefácio e notas de Mário Cláudio, Lisboa, Imprensa Nacional /Casa da Moeda, 1983. *

. Correspondência com Cândida Ramos, leitura, prefácio e notas de Mário Cláudio, Porto, Biblioteca Pública Municipal do Porto, 1982. *

* republicados em: Mário Cláudio. Páginas nobrianas, Porto, Edições Caixotim, 2004.

 

Bibliografia passiva essencial:

 

. António Nobre em contexto, Actas do Colóquio realizado a 13 e 14 de Dezembro de 2000, Biblioteca Nacional e Departamento de Literaturas Românicas da Faculdade de Letras de Lisboa, organização de Paula Morão, Lisboa, Colibri, 2001.

. BUESCU, Helena Carvalhão. Chiaroscuro - Modernidade e literatura, Porto, Campo das Letras, 2001; «Motivos do sujeito frágil na lírica portuguesa (entre Simbolismo e Modernismo)» - pp.188-204, «Metrópolis, ou uma visita ao Sr. Scrooge (a poesia de António Nobre)» - pp.204-216, «Diferença do campo, diferença da cidade: Cesário Verde e António Nobre» - pp.216-226.

. CASTILHO, Guilherme de. Vida e obra de António Nobre, 3.ª ed. revista e ampliada, Lisboa, Bertrand, 1980.

. CINTRA, Luís Filipe Lindley. O ritmo na poesia de António Nobre, edição e prefácio de Paula Morão, Lisboa, Imprensa Nacional – Casa da Moeda, 2002.

. CLÁUDIO, Mário.

a. António Nobre – 1867-1900 – Fotobiografia, Lisboa, Publicações Dom Quixote, 2001.

b. Páginas nobrianas, Porto, Edições Caixotim, 2004.

. Colóquio - Letras, n.º 127 / 128 - «Memória de António Nobre», 1993.

. MORÃO, Paula.

a. O Só de António Nobre – Uma leitura do nome, Lisboa, Caminho, 1991.

b. «António Nobre», in Dicionário de Literatura Portuguesa, org. e dir. de A. M. Machado, Lisboa, Presença, 1996.

c. «António Nobre», in Dicionário do Romantismo Literário Português, coord. de Helena Carvalhão Buescu, Lisboa, Caminho, 1997.

d. Retratos com sombra – António Nobre e os seus contemporâneos, Porto, Edições Caixotim, 2004.

. PEREIRA, José Carlos Seabra.

a. História crítica da Literatura Portuguesa – vol VII - Do Fim-de-Século ao Modernismo, Lisboa, Verbo, 1995; cap. 4 - «António Nobre e o mito lusitanista», pp. 175 - 91.

a. «Nobre (António Pereira)», in Biblos – Enciclopédia Verbo das Literaturas de Língua Portuguesa, volume 3, Lisboa, Verbo, 1999.

b. António Nobre – Projecto e destino, Porto, Edições Caixotim, 2000.

c. O essencial sobre António Nobre, Lisboa, Imprensa Nacional – Casa da Moeda, 2001.

 

Fonte: http://cvc.instituto-camoes.pt/seculo-xix/antonio-nobre.html#.X9AMw9j7TIU

HISTÓRIA

O então Liceu Nacional António Nobre foi inaugurado em 1972, para servir a população da freguesia de Paranhos, Porto, e áreas circundantes, já então em grande crescimento urbano e populacional.

 

As escolas dessa época surgem no contexto da Reforma do Ensino do ministro Veiga Simão, que, de algum modo, antecipava os novos ventos que chegariam ao país, dois anos mais tarde, com a Revolução do 25 de Abril.

 

Em 1979 passou a chamar-se Escola Secundária António Nobre (ESAN) e, posteriormente, Escola Secundária com 3.º Ciclo do Ensino Básico António Nobre.

A Escola é constituída por três blocos de aula (A, B e C), um grande bloco polivalente (direção, serviços administrativos, biblioteca, cantina, papelaria/fotocópias, salas de apoio, cantina, cozinha e salão polivalente), um pavilhão gimnodesportivo, três campos de jogos, uma pista de atletismo e áreas ajardinadas.

 

É sede de Agrupamento de Escolas desde 2010.

 

O Agrupamento de Escolas António Nobre localiza-se na cidade do Porto, nas freguesias de Paranhos e de Campanhã, e compreende os seguintes equipamentos escolares: Escola Secundária e do 3.º Ciclo do Ensino Básico António Nobre (Escola Sede do Agrupamento), Escola dos 2.º e 3.º Ciclos do Ensino Básico da Areosa, Escola dos 2.º e 3.º Ciclos do Ensino Básico Nicolau Nasoni, Jardim de Infância e Escola do 1.º Ciclo do Ensino Básico das Antas, Jardim de Infância e Escola do 1.º Ciclo do Ensino Básico de Monte Aventino, Jardim de Infância e Escola do 1.º Ciclo do Ensino Básico de Montebello e Jardim de Infância e Escola do 1.º Ciclo do Ensino Básico de São João de Deus.

 

O atual Agrupamento surgiu na sequência de dois processos de reordenamento / agregação de agrupamentos de escolas.

 

O primeiro processo de fusão ocorreu em Agosto de 2010, entre a Escola Secundária António Nobre e o anterior Agrupamento Vertical de Escolas da Areosa, este último era constituído pela Escola dos 2.º e 3.º Ciclos do Ensino Básico da Areosa (sede do Agrupamento com o mesmo nome) e o Jardim de Infância e Escola do 1.º Ciclo do Ensino Básico de São João de Deus.

 

O segundo processo de fusão ocorreu em Julho de 2012, entre o Agrupamento de Escolas de António Nobre e o Agrupamento de Escolas Nicolau Nasoni. O Agrupamento de Escolas Nicolau Nasoni era composto pelas Escola dos 2.º e 3.º Ciclos do Ensino Básico Nicolau Nasoni (Escola sede do Agrupamento com o mesmo nome), Jardim de Infância e Escola do 1.º Ciclo do Ensino Básico das Antas, Jardim de Infância e Escola do 1.º Ciclo do Ensino Básico de Monte Aventino, Jardim de Infância e Escola do 1.º Ciclo do Ensino Básico de Montebello.

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LOCALIZAÇÃO

A Escola António Nobre foi inaugurada em 1972, para servir a população da freguesia de Paranhos, Porto, e áreas circundantes, já então em grande crescimento urbano.

 

Antes, a parte mais a norte da cidade era caracterizada por vastas áreas de cultivo, que moldaram a paisagem em torno da Escola durante séculos. Ainda há alguns sinais, edifícios antigos e pequenos campos, testemunho desse tempo.

 

A instalação de diversos equipamentos de saúde e de Ensino Superior na área de Asprela, também em Paranhos, fez com que expansão urbanística se tenha tornado exponencial, desde a instalação do Hospital Escolar de São João / Faculdade de Medicina da Universidade do Porto, em 1959.

 

Sem ser exaustivo, referimos equipamentos como o Instituto Português de Oncologia (IPO), a Liga Portuguesa contra o Cancro, a Escola de Enfermagem São João, o Instituto Superior de Engenharia e a Escola Superior de Educação (ambos do Instituto Politécnico do Porto), a Faculdade de Economia, a Faculdade de Engenharia, a Faculdade de Desporto, a Faculdade de Medicina Dentária, a Faculdade de Psicologia (as cinco da Universidade do Porto), a Universidade Portucalense Infante D. Henrique, sem esquecer os laboratórios e institutos associados aqui localizados, nomeadamente o famoso I3S.

 

Por força disso, a área circundante encontra-se bem servida de transportes, com a Via de Cintura Interna (VCI), que tem acessos diretos a importantes autoestradas nacionais (A1, A3, A4, A28, A29), e a rede de metro, com as estações Salgueiros e Combatentes situadas a poucas centenas de metros da Escola.

 

Falar de Paranhos é também falar do Sport Comércio e Salgueiros, cujo Estádio Eng. Vidal Pinheiro foi uma referência importante durante décadas e que se situava muito perto da Escola António Nobre, tendo funcionado entre 1932 e 2005. Grande parte do terreno de jogo, de uma das bancadas e de alguns portões de acesso ainda são possíveis de ver, sobretudo quando se passa pela Estação de Salgueiros (metro).

Ficha de localização da Escola António Nobre:

 

PLANETA: Terra

CONTINENTE: Europa

PAÍS: Portugal

NUTS II: Norte

NUTS III: Área Metropolitana do Porto

CONCELHO: Porto

FREGUESIA: Paranhos

MORADA: Rua de Aval de Cima, 128

CÓDIGO POSTAL: 4200-105 Porto

LATITUDE: 41º 10’ 04’’ N

LONGITUDE: 8º 36’ 04’’ O

ALTITUDE: 130 m (acima do nível médio das águas do mar)

SITE: http://www.ae-anobre.pt

CORREIO ELETRÓNICO: secretaria@ae-anobre.pt

                                          (geral / secretaria)

TELEFONES: (+351) 225 096 771 / 225 097 661

ÓRGÃOS DE ADMINISTRAÇÃO E GESTÃO

A Escola António Nobre é composta pelos seguintes Órgãos de Administração e Gestão, que estão consagrados na legislação:

 

. Conselho Geral

. Conselho Pedagógico

. Direção (CAP)

. Conselho Administrativo

 

O Conselho Geral garante a representatividade de toda a comunidade escolar, incluindo representantes de alunos, de pais e encarregados de educação e de pessoal não docente de todo o Agrupamento, sendo os seus membros eleitos.

O presente mandato é referente a 2017-2021.

 

O Conselho Pedagógico garante a representatividade de toda a comunidade pedagógica, incluindo representantes de todos os departamentos do Agrupamento.

Traça as linhas mestras para cada ano, incluindo o Plano de Atividades, calendários de reuniões e procedimentos.

 

A Direção é o órgão máximo de gestão da Escola, e tem uma Comissão Administrativa Provisória (CAP).

 

O Conselho Administrativo é composto pelo Diretor, pelo Chefe dos Serviços Administrativos e pelo Chefe de Pessoal Auxiliar, competindo-lhes a gestão financeira  e o orçamento.

"NAVEGAR" NA ESCOLA

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Notas e Reflexões:

1. Grande parte destas informações é omissa no site oficial da Escola António Nobre / Agrupamento de Escolas, que denota alguma falta de organização e atualização.

2. Os dois grupos de Estagiários de Geografia (e o grupo de Educação Física) têm sido, globalmente, bem acolhidos pela comunidade.

No entanto, em nenhum momento tivemos qualquer contacto ou mensagem por parte da Direção da Escola (CAP), nem tão pouco fomos contemplados com as máscaras que têm sido distribuídas a toda a comunidade (alunos, professores e funcionários).

Basicamente, pagamos propinas (à FLUP), pagamos impostos, enquanto cidadãos contribuintes, trabalhamos de borla para o Estado, mas, na prática, é como se não existíssemos.

Tornámo-nos invisíveis para a República Portuguesa!

Curiosamente, em qualquer curso sob a tutela do IEFP, é providenciado um subsídio de transporte e de alimentação, o que não existe no nosso caso.

3. Isto nada tem a ver com as duas Orientadoras Cooperantes de Geografia que, desde o primeiro dia foram inexcedíveis no apoio profissional e pessoal, incluindo o excecional processo de vacinação que também abrangeu os Professores Estagiários.

Um muito obrigado por se lembrarem SEMPRE de nós!

4. No regresso à Escola como Professor de Geografia, 20 anos volvidos sobre os primeiros tempos na Escola Secundária de Vila Verde, recordo com agrado um excecional grupo de Professores de Geografia, com quem trabalhei durante três anos, de setembro de 1995 a Agosto de 1998: o Pedro, a Ângela, o Luís, a Fernanda, o Fernando, o António, o Aquiles, entre outros Colegas que muito me apoiaram e com quem continuo a manter contacto.

Ainda agora, mesmo à distância, manifestaram todo o carinho, ajuda e amizade pelo meu novo capítulo profissional e académico.

Nesses anos, realizamos umas jornadas pedagógicas (com as Professoras Rosa Fernanda Moreira da Silva e Elsa Pacheco e o Professor Miguel Sopas Bandeira como oradores convidados), fizemos saídas de campo locais (Santo António de Mixões da Serra, Azenhas do Rio Homem, montes nas proximidades), nacionais (Expo'98) e internacionais (Paris, França), reativamos uma estação meteorológica, participamos no jornal da escola, dinamizamos atividades à volta da Banda Desenhada (com o artista Arlindo Fagundes e com formações para professores - a BD não podia faltar, para quem me conhece bem...), fui Diretor de Turma, membro do Secretariado de Exames, dei aulas noturnas e, em simultâneo, iniciei o meu primeiro Mestrado em Geografia, nos idos de 1997.

 

5. Tudo o que vivi nesses três anos da década de 90 do século passado recordo com particular carinho, pela extraordinária experiência profissional iniciada aos 22 anos.

Sem saudosismo.

O que mais me espanta é que tudo parece ter sido "ontem".

Por outro lado, onde é que eu ia buscar tempo, tantas eram as frentes de atividade, profissional, académica, associativa e pessoal, entre Braga, Vila Verde e o Porto?

Sem smartphone ou wifi, a Internet ainda estava a começar a gatinhar para o comum dos mortais.

Comprar um computador pessoal valia vários ordenados (incluindo os célebres processadores Pentium II, o Modem e as "gavetas" para as disquetes e os CD-ROM).

Os procedimentos de investigação nessa primeira tese, nesses anos, implicaram deslocações a várias bibliotecas no Porto, em Braga, em Lisboa, em Madrid (Espanha) e até Angoulême (França), situação em nada comparável com o atual avanço tecnológico, associado à situação pandémica.

6. Neste regreso à Escola, há também um outro lado, o das lacunas e paradoxos que continuam gritantes ou, até, que se agravaram no Ensino:

. Por que é que os alunos que reprovam no Básico não repetem obrigatoriamente apenas as disciplinas com negativa, podendo melhorar a classificação nas restantes?

. Por que é que continua uma confusão (para pior) nos concursos e nas colocações de Professores? 

. Por que é que quanto mais horas se investe na Matemática e no Português, os alunos têm pior raciocínio matemático, escrevem e lêem pior?

. Por que é que os Professores Estagiários deixaram de ter qualquer tipo de remuneração ou apoio, bem como os Orientadores Cooperantes, que são pouco ou nada valorizados na sua carreira e horário?

. Por que é que têm de ser os Professores do Ensino Profissional de cada Escola a conseguir os estágios para os alunos, sem qualquer articulação/cooperação com o IEFP?

7. Estas são apenas algumas questões e reflexões que entendo poderem ser úteis, não só para partilhar com os meus jovens Colegas do MEG, mas também para ajustar, atualizar e aplicar na minha renovada e sempre desafiante experiência profissional.

8. Na área TURMAS (TURMAS E NÚCLEO DE ESTÁGIO) e na área BLOG apresento outras considerações e reflexões sobre este ano de Estágio e os desafios enfrentados.

MIGUEL COELHO

© 2020-2021 Miguel Coelho. Profissão: Geógrafo. Orgulhosamente criado com Wix.com

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